Não tente entender, são apenas retalhos... Só fazem sentido para mim!!!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estrada Nuvens de Algodão - BH.




Pode vir...


Cuidado com os degraus...





Batatas...




Sua batata tá assando...
                                                             (ela disse)









Prefiro saladas...
                                      (respondi)





segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Para se roubar um coração...

                          


...é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,

não se alcança o coração de alguém com pressa.

Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.

Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.

Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.

É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.

Para se conquistar um coração definitivamente, tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.

Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.

...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.

Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.

Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.

Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?

Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.

Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e este alguém, por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la, nos entregará a metade que faltava.

... e é assim que se rouba um coração,

fácil não?

Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!

E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...

é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.


Luís Fernando Veríssimo

Volta Spock...



Só volto quando esta obra acabar...

Ou na hora do almoço...

O que vier primeiro!!!

domingo, 29 de agosto de 2010

Metades




Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.



Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.



Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.



Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.



E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor
E a outra metade também...





Oswaldo Montenegro

Hipocondria




Nos primeiros tempos de casamento ele aparentava uma saúde de ferro mas, de uns anos pra cá, mostrava-se tão frágil, tão suscetível às doenças, que Dona Belinha, sua esposa, intranqüilizava-se cada vez mais.

— Qualquer coisinha o Pirilo hospitaliza-se — choramingava às amigas. — Tão frágil, tão doentinho...

E assim era. Por um simples sintoma de gripe ou resfriado, o Pirilo pegava um pijama, escova de dentes, pente e chinelos, metia-os numa maleta branca e hospitalizava-se.

— O que é que você tem, Pirilo? — perguntava a esposa preocupada, vendo o marido fazer a mala para mais uma ida à casa de saúde.

— Nada, minha velha.

— E se não tem nada, por que você vai para o hospital, Pirilo? — insistia Dona Belinha, mais preocupada do que nunca.

— Com saúde não se facilita. Não tenho nada agora, mas estou esperando uma gripe de uma hora para outra.

E se internava por quatro, cinco dias. Proibia as visitas e não aceitava flores ou maçãs. "Se eu morrer, não quero ninguém no velório. Na doença e na morte, longe os parentes", era a teoria que defendia e a que a família obedecia.

— Chama-se isso de hipocondria — explicou um médico a quem Dona Belinha secretamente visitou:

— Hipocondria?

— É uma ansiedade habitual relativa à própria saúde — decifrava o médico. — É muito comum, um caso assim. Há pessoas que não vivem sem tomar remédio. Seu marido é um caso desses. Só que em estado mais grave, porque ele chega a ir para o hospital. Mas não se preocupe. Os hipocondríacos são os que vivem mais.

— Isso pega, doutor? — inquiriu Dona Belinha, quase desejando que sim, para poder acompanhar o marido, de quem sentia muita falta, durante os dias de nosocômio.

— Pegar, não digo, mas quem convive com um hipocondríaco, sendo de espírito fraco, pode-se contagiar por esta mania.

E ela muito rezava e pedia que lhe fosse dado este contágio.

— Belinha, traz a mala.

— Pra onde você vai, Pirilo?

— Vou-me hospitalizar.

— O que é que você está sentindo?

— Hoje, fazendo as unhas, tirei sangue da cutícula. Isso pode infeccionar, dar tétano, gangrenar, sei lá. Com saúde não se brinca.

E, de mala branca na mão e infalível chapéu preto à cabeça, lá ia o Pirilo para o Hospital dos Estrangeiros, onde tinha conta corrente (pagava por semestre) e apartamento quase fixo.

— O apartamento de sempre, Sr. Pirilo? perguntava a enfermeira, como se aquilo fosse um hotel.

— Não. Desta vez quero um no terceiro andar, com vista para a encosta.

E por uma semana, muitas vezes, curtia o seu hospitalzinho, de camisola e tudo, com exames de pressão arterial, termômetros sob a axila, colheita de urina, sangue, fezes, escarro, etc. Uma semana depois, sentindo-se recuperado, voltava ao seio da família, dizendo-se outro homem.

Ao mesmo tempo em que os filhos cresciam, desenvolvia-se a hipocondria do Pirilo, que se internou pelos motivos mais burlescos, de tão banais: furúnculo, cisco no olho, mau jeito no braço, aerofagia, topada.

A conselho médico a mulher nem tocava mais no assunto, tentando meter na cabeça do marido que ele não sofria de coisa alguma ("Isso pode piorar, porque ele fica irritado e..."). Ao ver Pirilo chegar e entrar em casa sem tirar o chapéu preto, a mulher já sabia que era caso de hospital. E, por conta própria (disso o médico não teve culpa), já até colaborava com a hipocondria do marido.

— Não está passando bem, Pirilo?

— Ainda bem que você notou. Hoje arrotei duas vezes, depois de tomar uma Coca-Cola. Faz a mala.

E o pijama, com pente, chinelo e escova de dentes, era enfiado na mala branca que Pirilo conduzia ao Hospital dos Estrangeiros, onde era mais conhecido do que muitos dos médicos que lá operavam ou davam plantão.

— Terceiro andar, para a encosta?

— Segundo andar, de frente.

— 214 — informava a enfermeira, dando-lhe a chave.

Tantas foram as vezes que Pirilo se internou que, ultimamente, já ia sozinho da portaria para o quarto. Ir uma enfermeira com ele para quê, se ele conhecia os corredores e apartamentos mais do que a maioria delas? De hospital, ele dava aula. E era um custo para aceitar a alta do médico.

— Pode ir embora hoje, Sr. Pirilo.

— De jeito nenhum. Antes de quinta-feira ninguém me tira daqui.

— Mas o senhor já está bom. Os gases...

— Os gases acabaram, mas... e essa unhazinha?

— Que tem a unha? — perguntava o médico, segurando-lhe a falange do pé que Pirilo lhe exibia.

— Repare na unha, veja bem.

— Está bem.

— Ora, doutor, enganar ao Pirilinho? A unha está encrava, não encrava. Antes de quinta-feira eu não saio, a não ser que a unha se resolva.

De tanto Pirilo se ausentar para os hospitais, apareceu um arquiteto desquitado com ótimos planos e projetos para Dona Belinha com os quais ela concordou, de tanta distância que já sentia do marido hipocondríaco.

Saiu ganhando, pois amava agora um homem formado, enquanto Pirilo continuava amante de uma ajudante de enfermeira do Hospital dos Estrangeiros, que um dia dava plantão no terceiro andar, de frente para a encosta, no outro dia no segundo andar, de frente para a frente...


Chico Anísio

sábado, 28 de agosto de 2010

CÂNCER - 21/06 a 21/07



Eterna criança, o nativo de Câncer encara o sexo como uma deliciosa festa, divertida e educativa. Regido pela Lua, odeia a grosseria, que fere sua imensa sensibilidade e corta o seu barato. A entrega pode ser total, desde que o sexo seja feito com muito carinho, salpicado de juras de amor eterno, longo e gostoso nas preliminares. Aliás, o canceriano dificilmente consegue separar o ato sexual do envolvimento afetivo. É como se não tivesse graça; sente-se usado e no dia seguinte sobra um gosto amargo na boca.

ATRAÇÃO FATAL: pelo nativos de Capricórnio, que sabem captar a insegurança e suprir as carências de câncer no ritmo adequado.

CONTATOS QUENTES: com o compasso de Touro, Virgem e Peixes, com quem pode ir estabelecendo pouco a pouco relações íntimas e profundas.

PASSE LONGE: de Gêmeos, Libra e Aquário. Com eles, o canceriano não sente firmeza e a ilusão se dissipa com um contato mais próximo. Mas problemas mesmo vai ter se cair de amores por Áries, Sagitário ou especialmente Leão. O pique desses signos e a pressa com que querem chegar ao pote desaconselham qualquer pretensão.

VIRGEM - 23/08 a 22/09



O virginiano, regido por Mercúrio, tem suas artimanhas e costuma esconder o jogo. Mantém uma aparência austera e comportada e não se expõe a flertes inúteis ou paqueras explícitas. Mas basta ter confiança no(a) parceiro(a) para liberar todo o seu potencial erótico. Aí surge um verdadeiro especialista no assunto, esmerado nos detalhes mais excitantes, preocupado em encontrar as fontes de onde jorra o autêntico prazer. Odeia as transas rapidinhas, que vão direto ao ponto. Ao contrário, prolonga o máximo as preliminares e descobre mistérios nunca antes desvendados. Em troca, não pede, mas espera um tratamento classe A, de preferência com fidelidade e constância. Afinal, quando e entrega plenamente, o mínimo que corpo exige é respeito.


ATRAÇÃO FATAL: por Peixes, principalmente pelos mistérios e surpresas que os nativos desse signo reservam.


CONTATOS QUENTES: com Câncer, Escorpião e Touro. Os minutos passados com eles podem parecer eternos.


PASSE LONGE: de Aries, Sagitário e Aquário. O virginiano não se sente à vontade com eles e uma certa frustração acaba sendo inevitável. Mas evite mesmo Leão e Libra, se não curte o sadismo nem tende ao masoquismo.

www.portaldascuriosidades.com

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sem chance...



Juizado Especial para assuntos do Coração - BH - MG

Autos num. 1234567890/2010

Ação Penal Pública Incondicionada  Lei 12345 art. 123 § IV


Vistos, etc...


Dispensado o relatório, à luz do ART. 81 §3 da Lei  9099/97,
essa a suma dos fatos relevantes ocorridos nestes autos:

Resumo dos fatos :

O requerente ofereceu denúncia contra a ré, devidamente qualificada nos autos, aduzindo que, a denunciada, de forma livre e consciente, causou à este profundo sofrimento e tristeza sem razão justificada.

Explicita o requerente que a prática delituosa consistiu em insinuações infundadas e questionamentos malévolos publicados, no período de 23/08/2.010 a 27/08/2.010, em veículos de grande circulação nacional e mundial. 

À vista disso, arroladas e ouvidas as testemunhas, entende a acusação que a denunciada incorreu nas sanções do art. 69 da lei 12345/2.010, requerendo, em função dos fatos que a mesma seja regularmente processada e, ao final, condenada, se lhe aplicando as penas cabíveis.

Contrapondo-se ao pleito da acusação, alega a defesa que a ré se referia no texto, de maneira genérica, sem a intenção de atingir diretamente ao requerente.

À vista dos fatos e provas apresentados julgo procedente a denúncia para submeter a acusada , devidamente qualificada nos autos,às disposições dos artigos 21 c/c 23, II, ambos da Lei 12345/2.010, passando pois, a dosar-lhe a pena, nos termos dos artigos 123 e 456 do Estatuto do Coração e Assuntos da Paixão.           

A culpabilidade da acusada não apresenta reprovabilidade  maior que a esperada. No que tange aos antecedentes, esclareça-se que a mesma não ostenta condenação transitada em julgado, razão pela qual, considerando a primariedade do ato, condeno a acusada a indenizar o requerente com 1.000.000.000  de  beijos a serem pagos em parcelas dentro das possibilidades e no menor prazo à partir de 03/09/2.010.



Expeça-se guia de execução, intimando-se a ré para o cumprimento da pena.


Belo Horizonte, 27 de agosto de 2.010


Dr. José Paixão Apaixonado da Paixão
Juiz de Direito do Estado de Minas Gerais
Titular da Vara de Assuntos do Coração



O poema que morreu...




Um assassinato.

Tudo indicava assim.

E o coitado do poema, estirado,

era coceira na curiosidade pública.


Chegou o delegado

- e cismado -

foi tecendo em pensamento

as inconstantes formas da dúvida.


Uma interrogação passeava ali.

Crescia e engordava

- proporcional -

a cada pessoa que parava

na pele da já recém formada

multidão.


Não demorou muito e apareceu o legista.

Ele era meio esquisito,

tinha tique nervoso

e coceira na vista.



Examinou o já lido poema

e constatou o consumado fato:

- Morrera de amor, não de infarto.

Suicídio? Assassinato?

Quem faria o fatídico ato?



- Quem ??? perguntava o delegado.

E com um ar sherloquiano

pegou o morto nas mãos.


Sob os olhos atentos da multidão

exclamou a primeira descoberta:

- Não era amador o assassino, era poeta !



“Poeta ?” Indagou a multidão incrédula.



- Poeta! Confirmou alisando o imeeeenso bigode.

Chegaram então os repórteres,

a lavadeira,

o bêbado ainda de porre,

a dona Julieta, o doutor Onofre,



e todos, do sul ao norte,

mastigavam a mesma pergunta:

“Um poeta, mas como é que pode ?”



- Simples! - Explicou o delegado...


A tristeza, num homem apaixonado,

dói além do sustentável.

No peito, abre um buraco.

Tanto insiste

que não resta escapatória,

com o dedo em riste,

atrás da porta,

persiste o crime.



A arma utilizada

não foi revólver,

não foi faca.



Foi um sentimento amargurado

delineado no papel

por uma caneta esferográfica.



Já a paixão - continua -,

foi a vítima,

de vez esquecida,

varrida,

morta.


Não é caso de polícia.

por aí morre um amor por dia,

é uma palavra prolixa, doída.

Dor nenhuma deve virar notícia,

fez bem o poeta em matar essa paixão.


E terminou largando o poema no chão.

Seguiu em frente, sumiu na multidão

que por sua vez se desfez

com a mesma rapidez

que se formou.


Mas do vazio que ficou - dilacerado,

permaneceu solitário

um adolescente

com os olhos molhados

e uma caneta na mão.



Em passos lentos, assimilados,

aproximou-se do poema

no chão largado

e guardou no bolso

a história do amor

que minutos antes havia escrito,

e por qualquer descuido

perdido...







Ricardo França


Mundo Moderno




Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.


Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.


Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.


Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.


Chico Anísio

2.010 - Agosto, 27 - What A Wonderful World - Louis Armstrong

2.010 - Agosto , 27 - Extra... Extra...


Serviço de saúde do governo inglês recomenda exercícios  sexuais  como  forma  de  prevenir doenças cardiovasculares


Endorfinas liberadas durante o ato ajudam a viver mais; produção de hormônios extras mantém ossos sadios e previne rugas.

 
 
O serviço de saúde inglês (NHS), uma espécie de SUS britânico, tem feito uma recomendação pouco ortodoxa como forma de prevenir doenças cardiovasculares: a prática de exercícios sexuais.


Em seu site oficial, o órgão diz que “sexercise” (exercício sexual) pode diminuir os riscos de ataques cardíacos e ajudar as pessoas a viver mais. “As endorfinas liberadas durante o orgasmo estimulam as células do sistema auto-imune.”

Segundo o NHS, durante a relação sexual são usados todos os grupos musculares, o que faz com que “o coração e os pulmões trabalhem duro e haja uma queima de cerca de 300 calorias por hora”.


O serviço afirma ainda que a produção extra dos hormônios estrógeno e progesterona, envolvida na relação sexual, ajuda a manter os ossos e os músculos sadios e previne rugas.


O NHS também dá dicas de como otimizar a vida sexual. Sobre orgasmo, aconselha: “Passe algum tempo consigo mesmo para aprender o que o excita”. Também ensina exercícios para os músculos da pélvis. “Pare e reinicie seu fluxo de urina quando for ao banheiro. Depois disso, é possível se exercitar em qualquer lugar, a qualquer momento, em seqüências de dez a 20 contrações.”


Sobre masturbação, o serviço diz que a prática é útil para explorar o próprio corpo. “Para homens, ajuda a conter a ejaculação, para que não ocorra cedo demais; para mulheres, facilita a chegada ao orgasmo.”


Para a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP, a iniciativa tem “tudo a ver” com a prevenção de doenças cardiovasculares. “É um bom exercício, libera endorfina. Tem muita gente que detesta exercício em academia porque se sente excluído, um robô. O sexo é um tipo de exercício que inclui, que envolve afeto, carinho. Um é o personal trainer do outro”, afirma a médica.


Para ela, sexo problemático pode estar associado a doenças cardíacas. “O coração é feito do mesmo tecido interno [endotélio] que reveste os órgãos sexuais. No homem, a disfunção erétil pode, muitas vezes, sinalizar uma doença cardíaca.”


O cardiologista Otávio Rizzi Coelho, da Unicamp (Universidade de Campinas), afirma que existe um mito entre as pessoas que sofreram infartos ou outras doenças cardíacas de que o sexo seria contra-indicado. “Não faz mal. A quantidade de energia despendida não é muito grande. Pode, sim, ter uma vida sexual sem riscos adicionais.”


Para ele, as orientações do serviço inglês são fundamentais para cardiopatas e para quem quer prevenir eventos cardiovasculares.


Folha de São Paulo (CLÁUDIA COLLUCCI)

2.005 - Agosto, 27... The breakdown



Acometido de uma dor no peito

Que de tão forte era lancinante

Coração doendo, sem ter mais jeito

Não pediu socorro naquele instante...



Pensou serem gases localizados...
(esperou passar, um LOGAN on the rocks, o último cigarro)

Fez grande esforço pra não entrar em pânico

Tinha o abdome e o peito devastados

Orou baixinho e até entoou um cântico!...



Lutava contra o tempo, pela vida

Lembrou dos filhos, da mulher querida

E esperou que um milagre acontecesse...



Aos poucos, suas dores vão sumindo

Adormece e sonha que está sorrindo

Como se, novamente, ele nascesse!!!
 
 
Ricardo de Benedictis

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sutilmente

Tempo de calar e esperar...




Tudo tem um tempo próprio...


1 - Existe um tempo próprio para tudo,
     e há uma época para cada coisa debaixo do céu:


2 - um tempo para nascer e um tempo para morrer;
     um tempo para plantar e um tempo para colher o que se semeou;

3 - um tempo para matar, um tempo para curar as feridas;
     um tempo para destruir e outro para reconstruir;

4 - um tempo para chorar e um tempo para rir;
      um tempo para se lamentar e outro para dançar de alegria;

5 - um tempo para espalhar pedras, um tempo para as juntar;
      um tempo para abraçar, um tempo para afastar quem se chega a nós;

6 - um tempo para andar à procura e outro para perder;
      um tempo para armazenar e um para distribuir;

7 - um tempo para rasgar e outro para coser;
     um tempo para estar calado e outro tempo para falar;

8 - um tempo para amar, um tempo para odiar;
      um tempo para a guerra, e um tempo para a paz.



Eclesiastes 3




terça-feira, 24 de agosto de 2010

UMA MULHER...

...


           ...caminha nua pelo quarto
é lenta como a luz daquela estrela...

é tão secreta uma mulher que ao vê-la
nua no quarto pouco se sabe dela.

A cor da pele, dos pêlos, o cabelo,
o modo de pisar, algumas marcas...

a curva arredondada de suas ancas,
a parte onde a carne é mais branca.

Uma mulher é feita de mistérios...

Tudo se esconde:
          os sonhos, as axilas, a vagina...

Ela envelhece e esconde uma menina
que permanece onde ela está agora.


O homem que descobre uma mulher
será sempre o primeiro a ver a aurora.



"As melhores coisas são ditas em particular."



Momentos...



Entre lençóis de cetim perfumados de jasmim.



A mulher acorda sonolenta, não quer ver a luz do dia.


Deixa-se ficar a saborear aqueles divinos momentos...


Caminha ao encontro de momentos conjugados com o passado e o futuro.


As mãos deslizam lado a lado com os pensamentos fantasiados, dando vida aquele momento mágico.


Ela conhece muito bem as veredas que percorre....estimulando cada vez mais, e mais profundo.


Chega a explosão de sentimentos como quem queimasse as entranhas, gritos, sufocos,prazer, culpa, dor,tomada por um choro convulsivo....


Levanta-se, toma um duche,e põe a máscara...


Um novo dia começa.....


Singularidade

O vinho



"O vinho é um composto mágico:

 mata a sede, mata a vontade, mata a saudade.

 Faz nascer o calor, acende a paixão, desperta o amor.

Traz luz para a vida, sabedoria, bom gosto, desejo.

Alegra a mesa,

acorda o homem,

solta a mulher”.



Carolina Salcides

Marcos Biancardini no Programa do JÔ - (PT2/3) - 19/12/09

Marcos Biancardini - Toca muito

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Histórias de amor...




"As grandes histórias de amor não saem de dentro dos quartos.


As que se contam são medíocres!!!"


Contágio...



Feroz em nós uma paixão de novo

nos ameaça

nos faz vibrar, o sangue flui

sobe no rosto

de repente a gente fica

disposto a tudo

e tudo é pouco

não importa que essa loucura

não tenha alívio

a gente muda, respira de outro jeito

arfa no peito sempre uma pressa

sempre aquela vontade

sozinha fico metade

depressa me abraça, uma saudade

que dói, uma coisa que arrebenta

e não se agüenta mais.

A gente se entrega ao risco

arrisca a pele, perde o rumo

no prazer dessa desorientação

A gente quer explodir e não pode

quer se conter e não sabe

quer se livrar do jugo da paixão

mas não quer que ela acabe.







Amizade...



O amor pergunta para a amizade :

- Para que serves?

A amizade responde :

- Sirvo para limpar as lagrimas que tu deixas cair!!!


Frase Perdida na Internet

Almir Sater no Credicard Hall - Instrumental

Almir Sater - Instrumental I - Itaquera, junho/2.007

Almir Sater - Solo de Viola

Baby Cam I Hold You Tonight - Tracy Chapman

Tocando em frente - Almir Sater

Almir Sater - Solo de Viola II

sábado, 21 de agosto de 2010

À flor da pele


"Ando tão à flor da pele,


que qualquer beijo de novela me faz chorar.


Ando tão à flor da pele,


que teu olhar, flor na janela, me faz morrer.




Ando tão à flor da pele,


que meu desejo se confunde com a vontade de ... não ser.


Ando tão à flor da pele,


que a minha pele tem o fogo do juízo final"




Zeca Baleiro

Os Rubaiyat verso 38...



Bebe vinho, ele te devolverá a mocidade,

a divina estação das rosas, da vida eterna,

dos amigos sinceros. Bebe, e desfruta

o instante fugidio que é a tua vida.

Os Rubaiyat Verso 71...



Do meu túmulo virá um tal perfume de vinho

que embriagará os que por lá passarem,

e uma tal serenidade vai pairar ali,

que os amantes não quererão se afastar!!!


Noite, silêncio, folhas imóveis;

imóvel o meu pensamento.

Onde estás, tu que me ofereceste a taça?

Hoje caiu a primeira pétala.


Eu sei, uma rosa não murcha

perto de quem tu agora sacias a sede;

mas sentes a falta do prazer que eu soube te dar,

e que te fez desfalecer.

Acorda... e olha como o sol em seu regresso

vai apagando as estrelas do campo da noite;

do mesmo modo ele vai desvanecer

as grandes luzes da soberba torre do Sultão.








"Hoje vesti-me de silêncio
E sou apenas ouvinte
Dos aplausos mudos
Que me ecoam
Ainda

Na mente...

Sou palhaço
A tempo inteiro
Dentro ou fora
Do meu palco
Que ri e faz rir.

Ou que também chora
Por detrás da cortina
Quando se emociona
Como qualquer outro ser
Humano.


Mas hoje apetece-me
Ser só um palhaço
De cara lavada
Sem riso
Nem choro.

Velando o meu sonho
No embalo
Na tranquilidade
De um inquietante
Instante silencioso.

E sorrio...

Sorrio
Para mim mesmo
Quando me penso
Ser um simples louco.

Um louco
Que se ri de si mesmo

Assim...

... só porque sim!

E que mal fará isso?

Se hoje me sinto feliz...

... assim!"


Lurdes Dias